Os preços médios pedidos por metro quadrados de escritórios comerciais em São Paulo – maior mercado imobiliário do país – atingiram R$ 115,95, no primeiro trimestre, valor recorde desde o início da série histórica da consultoria Binswanger Brazil. Ao mesmo tempo, a taxa de vacância continua a cair, refletindo a elevada absorção líquida – diferença entre novas contratações e devoluções de áreas.
No primeiro trimestre, a vacância ficou em 19,4%, ante 17,8%, no quarto trimestre, quando o preço médio pedido por metro quadrado na capital paulista foi de R$ 114,74, conforme a pesquisa da Binswanger.
Houve absorção líquida de 84,6 mil metros quadrados. Embora abaixo dos 86,6 mil metros quadrados do intervalo de outubro a dezembro de 2024, a contratação líquida se manteve superior a 80 mil metros quadrados pelo terceiro trimestre consecutivo.
A elevada demanda por escritórios resulta da exigência por parte de ocupantes de que funcionários retomem o trabalho presencial ou aumentem o número de dias na empresa, na modalidade híbrida, além da continuidade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
De janeiro a março, as novas contratações de escritórios comerciais na Zona Descentralizada da capital paulista chegaram a 54,6 mil metros quadrados, respondendo pela maior parte da absorção líquida.
O destaque ficou por conta da região da Chucri Zaidan, que absorveu 27,9 mil metros quadrados, seguida pela Chácara Santo Antonio, com 16,1 mil metros quadrados. Os preços médios pedidos por metro quadrado nas duas regiões foram de R$ 96,92 e R$ 80,29, respectivamente, ou seja, abaixo da média de São Paulo.
Por outro lado, os valores médios pedidos por metro quadrado nas oito regiões da Zona Centralizada superaram os da média da capital paulista: Itaim Bibi/JK (R$ 265,93), Faria Lima (R$ 235,54), Jardins (R$ 170,00), Pinheiros (R$ 142,88), Vila Olímpia (R$ 140,39), Marginal Oeste (R$ 138,15), Angélica/Consolação (R$ 127,82) e Paulista (R$ 121,54).