Por Abralog

Foto: Freepik
Com prédios de escritórios comerciais ocupados, principalmente, por companhias do setor financeiro, a região da Avenida Paulista terminou o terceiro trimestre com taxa de vacância de 12,6%, ou seja, abaixo dos 15,1% registrados um ano antes, e segue com estoque de 838 mil metros quadrados, levando-se em conta os padrões A+, A e B, conforme levantamento da consultoria Binswanger Brasil.
Não há previsão de entrega de novas áreas de escritórios, na região da avenida mais famosa de São Paulo, até 2026 – o último projeto concluído foi o Latitude 23, de classe B, entregue no quarto trimestre de 2023. Na falta de terrenos para desenvolver empreendimentos, proprietários e investidores têm apostado em retrofits de prédios para requalificação dos espaços existentes.
A região responde por 13,5% do estoque da cidade de São Paulo, atrás apenas da Chucri Zaidan, cuja fatia é de 14,2%. Atualmente, 60,5% do estoque de escritórios da Paulista tem perfil B, 31,5% se enquadra na classificação A, e 8% possui padrão A+. Essas participações são ajustadas cada vez que algum empreendimento comercial da região passa por atualização.
O setor financeiro ocupa 177.235 metros quadrados de escritórios da Paulista, liderando os três primeiros lugares do ranking de inquilinos – o Banco Central está em 27.300 metros quadrados, o Grupo Safra, em 22.416 metros quadrados, e o Banco do Brasil, em 22.052 metros quadrados. Itaú Unibanco e Banco Pan respondem, respectivamente, pela quinta e sétima colocações.
Em seguida, estão empresas de educação, com 60.520 metros quadrados – a maior ocupação do setor, na Paulista, é a da Cogna Educação. Na sequência, vêm o ramo jurídico (59.121 metros quadrados), clientes ligados ao governo e à administração (51.497 metros quadrados) e empresas de seguros (38.395), segundo a pesquisa da Binswanger.
Em 2024, a região apresentou a quarta maior contratação de áreas da cidade, atrás da Berrini, da Chucri Zaidan e da Vila Olímpia.
De julho a setembro, a absorção líquida – diferença entre as contratações e as devoluções de áreas – da Paulista ficou em 20 mil metros quadrados, ante 33 mil metros quadrados no mesmo período de 2023, de acordo com a Binswanger.
No trimestre, os preços médios pedidos por metro quadrado locado foram de R$ 99,76, com queda de 1,5% ante os R$ 101,30 do intervalo equivalente do ano passado. Nos edifícios dos padrões A e A+, a média é de 122,63.
A redução dos valores, na comparação anual, apesar da diminuição da vacância da região, se justifica pelo empenho dos proprietários para que a Paulista se mantenha atrativa em um cenário em que muitos inquilinos preferem os prédios novos da Faria Lima – endereço de escritórios mais cobiçado de São Paulo – e da Rebouças – novo eixo de expansão do segmento.
Embora a maioria dos inquilinos da região seja composta por empresas de setores tradicionais da economia, a WeWork foi a empresa com maior crescimento de ocupação da região desde 2016. Apesar de seus problemas financeiros internacionais e no Brasil, segue com presença relevante na Paulista.
E, em caso de devolução dos escritórios, a tendência é que sejam reocupados rapidamente, considerando-se benefícios da região, como infraestrutura de transportes, com estações de metrô e paradas de ônibus, e ampla oferta de outros serviços e de comércio.
A empresa de “coworking” tem, em curso, contrato de aluguel de 18 anos no Edifício Centenário, conhecido como “Centenarinho”, mas há comentários, no mercado, de que essa área possa vir a ser ocupada pela Casas Bahia. No segundo semestre, a WeWork renegociou a locação do espaço no Brazilian Financial Center (BFC), onde está situada a filial brasileira da CNN.
Fonte: https://www.abralog.com.br/noticias/binswanger-taxa-de-vacancia-cai-para-126-na-avenida-paulista/.