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Absorção líquida quase triplica no segundo trimestre

Por Simone Santos*

A crescente demanda por condomínios industriais e logísticos, principalmente por parte de empresas de bens de consumo, fez com que a absorção líquida – diferença entre o total de áreas contratadas e devolvidas – de galpões aumentasse, nacionalmente, no segundo trimestre, em relação aos três primeiros meses de 2024, e que a taxa de vacância diminuísse. É o que mostra levantamento da consultoria Binswanger.

Empresas de bens de consumo (varejo e e-commerce) lideraram as locações de espaços, com 219,02 mil metros quadrados, seguidas por clientes dos setores de transporte e logística (67,52 mil metros quadrados), vestuário e acessórios (59,95 mil metros quadrados) e farmacêutico (46 mil metros quadrados), de acordo com a Binswanger.

O Mercado Livre – que lidera o ranking de inquilinos de galpões e já superou a marca de 1 milhão de metros quadrados ocupados – respondeu por duas das cinco maiores contratações do trimestre. A principal empresa de comércio eletrônico no Brasil alugou 111,1 mil metros quadrados da GLP, em Guarulhos (SP), e 49,75 mil metros quadrados da HSI, em Cajamar (SP). Essas foram, respectivamente, a primeira e a terceira maiores locações do período.

Shopee – sexta maior ocupante de condomínios logísticos no segmento de comércio eletrônico – respondeu pela segunda maior contratação, de 70,75 mil metros quadrados, em condomínio da GLP em Cajamar, e pela quinta, referente à locação de 37,95 metros quadrados da BZLog, em Duque de Caxias (RJ). A distribuidora de medicamentos Santa Cruz alugou 41,46 mil metros quadrados em galpão da Log Commercial Properties, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Entre as operações de destaque intermediadas pela Binswanger na primeira metade do ano, estão quatro locações da Shopee e a venda de ativo, em Caçapava (SP), para um investidor, com aluguel para a Lusitana.

Vacância cai apesar do aumento de estoque

No segundo trimestre, a absorção líquida nacional de áreas de condomínios industriais e logísticos teve expansão de 2,74 vezes, passando de 224 mil metros quadrados para 614 mil metros quadrados, de acordo com a Binswanger.

Com isso, a vacância de galpões baixou de 11% para 10,2%, apesar de o novo estoque ter crescido de 20,197 milhões de metros quadrados para 20,690 milhões de metros quadrados, conforme o levantamento. Para a segunda metade deste ano, a consultoria estima a entrega de 1,91 milhão de metros quadrados, com manutenção da vacância no patamar de 10% a 11%.

Por outro lado, o preço médio por metro quadrado locado caiu de R$ 25,49, no primeiro trimestre, para R$ 25,14, de abril a junho. O valor continua elevado apesar da retração. Na avaliação da consultoria, a tendência para os preços pedidos de locação, nos próximos meses, é de estabilização.

Desempenho dos principais mercados

Considerando os mercados estaduais de condomínios industriais e logísticos, São Paulo continuou a liderar as absorções líquidas, com 393 mil metros quadrados. Minas Gerais e Rio de Janeiro ocuparam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugar no ranking, com 141 mil metros quadrados e 41 mil metros quadrados.

No Rio Grande do Sul – estado que viveu sua maior tragédia climática no segundo trimestre –, a absorção bruta foi de 33 mil metros quadrados. A taxa de vacância caiu de 7,5%, no fim de março, para 1,4% no encerramento de junho, conforme levantamento da Binswanger.

Em maio, logo após o desastre climático, a parcela de áreas vagas em relação ao estoque total do segmento despencou para 2%, como consequência de a maior parte dos empreendimentos gaúchos estarem em regiões que sofreram alagamento.

No último dia 10, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu início à liberação de recursos de R$ 15 bilhões do crédito emergencial para empresas do Rio Grande do Sul. O financiamento se destina, segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a investimentos e reconstrução de fábricas, galpões, armazéns e estabelecimentos comerciais, a máquinas e equipamentos e a capital de giro.

No intervalo de abril a junho, em Pernambuco, no Distrito Federal, no Ceará e no Pará, houve mais devoluções do que contratações de novas áreas. Nesses estados, as absorções líquidas foram negativas em 2 mil metros quadrados, 3 mil metros quadrados, 7 mil metros quadrados e 8 mil metros quadrados, respectivamente.

 

*Simone Santos é sócia-diretora da Binswanger Brazil

Absorção líquida quase triplica no segundo trimestre

A crescente demanda por condomínios industriais e logísticos fez com que a absorção líquida de galpões aumentasse nacionalmente.

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