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Galpões logísticos se valorizam em Minas

Estado alcança uma participação de quase 10% do estoque nacional

A proximidade do mercado paulista estimula a proliferação de condomínios logísticos em Extrema, no Sul do Estado | Crédito: Divulgação

Minas Gerais é o terceiro maior mercado em volume de galpões logísticos do Brasil. Uma pesquisa feita pela SDS Properties apresenta o Estado com uma participação de 9,66% do estoque nacional, com 22 milhões de metros quadrados. A pesquisa ainda aponta que o valor médio dos pedidos de locação está entre os mais elevados, de R$ 26,42/m2 contra R$ 22/m2 da média nacional.

Formando a tríplice das maiores porções logísticas do País, Minas Gerais só perde para São Paulo e Rio de Janeiro. A participação do mercado paulista. Ao equivale a 53,33% do estoque nacional. Já o mercado fluminense tem ocupação de 11,16%. Em relação ao valor médio dos pedidos de locação, Minas Gerais segue atrás apenas da Bahia, em que o preço é de R$ 34,05/m2.

“A urgência da entrega em diferentes locais do Brasil impulsionou a demanda de galpões para todo o território nacional, de forma que as empresas de e-commerce pudessem ficar cada vez mais próximas de seu público consumidor”, aponta a founder da SDS Properties e representante da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Simone Santos.

Ela explica que, diferentemente do mercado nacional, Minas Gerais segue uma realidade de impacto do e-commerce já sentida desde 2016. Essa tendência surgiu com as primeiras empresas do setor se instalando em Extrema, cidade case nacional, localizada no Sul de Minas.

“Essas instalações foram motivadas pelos incentivos fiscais oferecidos pelo governo mineiro e pela proximidade ao principal mercado de consumo, São Paulo. Extrema, por exemplo, não teve qualquer impacto durante a crise sofrida pelo mercado entre os anos de 2014 e 2019. E notamos que a demanda por galpões continua e intensa”, diz a especialista.

Com baixa disponibilidade de terrenos, Minas possui uma vacância local de 0,5% diante da média nacional, que é de 8,78%. “O principal desafio da região, especialmente em Extrema, é a dificuldade cada vez maior em encontrar terrenos para o desenvolvimento de novos empreendimentos”, analisa.

Segundo Simone Santos, a topografia acidentada dos terrenos e sem acesso para a rodovia está fazendo cidades vizinhas surgirem como extensão natural de Extrema. Um exemplo desse movimento é Itapeva, também no Sul de Minas. “Outro ponto de observação é o custo da construção, que, nos últimos 18 meses, já teve mais de 40% de reajuste e não para de aumentar. Somado à elevada taxa Selic, pode dificultar a viabilidade de novos empreendimentos”, prevê.

Perspectivas

Segundo a SDS Properties, o novo estoque projetado para Minas Gerais até o final de 2022 é de 400 mil m2. Esse dado reflete o maior movimento em espaços localizados na Grande BH e no Sul de Minas. “Desse estoque total, 60% já foram pré-locados, o que significa que a taxa de vacância atual, de apenas 1%, deve ser mantida. Esse cenário indica potencial de novos empreendimentos para o Estado, atraindo investidores para a construção de novos condomínios logísticos industriais”, diz a analista.

Baixa disponibilidade

Atualmente, a oferta de galpões disponíveis para locação é muito baixa em Minas, cerca de 1%. A flexibilidade de negociação por parte dos proprietários é quase inexistente, o que é natural quando há muita demanda e baixa oferta. “Devemos manter esse cenário para os próximos semestres” adianta Simone.

Prioridades

Minas Gerais tem, pela sua localização geográfica, uma vocação muito grande para a logística, conforme explica o professor do curso de Logística da PUC Minas Geraldo Abranches Mota Batista. Segundo o docente, para a abertura de centros de distribuições pelo Estado, é necessário o estímulo do poder público.

“Algumas das principais necessidades é a isenção dos tributos como meio de atração. É preciso também pensar em plataformas logísticas para permitir melhorias nas estradas e rodovias importantes. Um exemplo é a concessão do aeroporto-indústria (https://diariodocomercio.com.br/juntosporminas/setor- aeroportuario-pode-turbinar-economia-do-estado/), que certamente é bem importante para registrarmos avanços. Um bom avanço recente foi o leilão do Rodoanel na Região Metropolitana de Belo Horizonte (https://diariodocomercio.com.br/economia/grupo-italiano-vence-leilao-do- rodoanel-metropolitano/). Com a concessão realizada, o Rodoanel apresentará uma solução muito boa”, observa Batista.

“Imaginar Belo Horizonte, assim como as cidades mineiras pelo interior, criando ideias mais sofisticadas seria um importante passo para solucionar a situação de rodovias, ferrovias e outras plataformas. Essas ações interligadas viabilizam para que os centros de distribuições se instalem no Estado. Afinal, toda vez que o poder público anda junto com a iniciativa privada sempre surgem grandes oportunidades”, conclui o pedagogo.

Fonte: https://diariodocomercio.com.br/economia/galpoes-logisticos-se-valorizam-em-minas/

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