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Nordeste e entorno da capital paulista puxam crescimento de condomínios industriais e logísticos

Por Simone Santos

O mercado de galpões cresce, geograficamente, no Brasil, com duas tendências distintas, segundo levantamento da consultoria Binswanger. Por um lado, estados como Santa Catarina, Ceará e Pernambuco respondem pela maior expansão dos parques logísticos e industriais, refletindo a necessidade de espraiamento da localização de imóveis para distribuição e armazenagem. Ao mesmo tempo, no Estado de São Paulo, o crescimento se concentra, cada vez mais, no raio de 30 quilômetros da capital paulista – maior centro de consumo do país.

Projeção traçada pela Binswanger para o fim de 2025 aponta aumento de 99,3% no estoque de galpões do raio de 30 quilômetros da cidade de São Paulo em relação ao início de 2018. Na mesma base de comparação, o crescimento acumulado do chamado eixo descentralizado – que exclui a região que reúne  mais galpões no Brasil – chegará a 109,2% no final do próximo ano. Empresas de comércio eletrônico, transporte e logística e bens de consumo lideram a busca por condomínios logísticos e industriais.

Em Santa Catarina, o estoque de galpões deve ter incremento de 242% no encerramento de 2025 ante a base inicial do estudo. De acordo com a estimativa da Binswanger, será a maior expansão nacional no segmento. Atualmente, os maiores ocupantes de galpões no Estado são Tecadi Logística, Buiatte Transportes e Ambev.

O Estado da Região Sul é um dos que possui a economia mais diversificada no país, incluindo turismo, agroindústria, tecnologia, polo moveleiro, papel e celulose, indústria cerâmica e vestuário, entre outros setores. O segmento de galpões tende a se beneficiar dos investimentos bilionários previstos para a ampliação dos portos de Santa Catarina, que irão superar a capacidade do Porto de Santos nos próximos três anos, conforme a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

No Ceará, o crescimento alcançará 220% no fim do ano que vem. As ocupações de galpões são puxadas por Amazon, Magalu e Casas Bahia. Além do turismo, o Estado se destaca na produção de camarão, couros e peles, castanha de caju, floricultura, papel e embalagens de papelão ondulado.

O Ceará conta com o Complexo do Pecém – área industrial que reúne parte das principais fábricas do Nordeste, o Porto do Pecém e uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Um exemplo da expansão industrial do complexo é a refinaria de petróleo da Noxis Energy, que dará início às operações em 2028. Estão previstos também aportes de R$ 110,6 bilhões em hidrogênio verde em Pecém.

Pernambuco se destaca como o terceiro Estado brasileiro em crescimento de galpões, com avanço de 184% no período do levantamento da Binswanger. As principais inquilinas de galpões no Estado são Amazon, Ferreira Costa (de bens de consumo), e Tag Log (de transporte e logística).

O parque industrial pernambucano está se expandindo, assim como o Porto de Suape. No setor de petróleo e gás, a Petrobras retomará as obras da Refinaria Abreu e Lima. A montadora Stellanis está realizando investimentos no Estado, e o Porto de Suape contará com mais um terminal, que possibilitará a duplicação da sua capacidade. Em abril, a Neoenergia Pernambuco anunciou investimentos de R$ 5,1 bilhões, até 2028, em obras de expansão, modernização e reforço do sistema elétrico no Estado.

Entorno da capital paulista

No Estado de São Paulo, os números deixam claro o aumento da concentração do crescimento de galpões nas proximidades da capital, com menor volume de projetos no interior, de acordo com a Binswanger.

De 2012 a 2016, o estoque entregue no raio de 30 quilômetros de São Paulo foi de 1.106 mil metros quadrados, o correspondente a 34% dos 3.256 mil metros quadrados concluídos fora dessa região do Estado no mesmo intervalo.

No período de 2020 a 2023, as entregas no raio de 30 quilômetros somaram 1.893 mil metros quadrados, o equivalente a 85% do novo estoque de 2.224 mil metros quadrados concluído em regiões mais afastadas.

Quando se considera, além do estoque entregue neste ano, o que está previsto para entrar no mercado até 2026, a metragem total de novos galpões chega a 2.093 mil metros quadrados, nas proximidades de São Paulo, e a 1.413 mil metros quadrados a partir do raio de 30 quilômetros.

Ao final de 2024, os municípios no entorno da capital paulista responderão por 68% de todo o estoque do Estado, ante a fatia de 53,5% em 2014. No entorno de São Paulo, os mercados que mais crescem são Guarulhos, Cajamar e Barueri. No interior, as maiores expansões ocorrem em Jundiaí e Campinas.

 

* Simone Santos é sócia-diretora da Binswanger Brazil

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