Por Rennan Setti
O mercado de escritórios corporativos de São Paulo cresceu em três meses quatro vezes mais que o do Rio em todo o ano de 2023, mostra levantamento da Binswanger. No último trimestre do ano que passou, o mercado paulistano ganhou 17 mil metros quadrados em novas lajes corporativas, enquanto o carioca registrou apenas 3,4 mil metros quadrados em novo estoque na categoria em 2023 — uma diferença de 400%. No ano como um todo, São Paulo ganhou 134 mil m², ou quase 40 vezes mais.
Isso se explica pela saúde econômica de cada um desses mercados: enquanto a vacância (leia-se: espaço vazio) em São Paulo terminou 2023 em 24,3%, o Rio teve um percentual de 41,1% — de longe, mas muito de longe, a maior taxa entre as principais metrópoles de Sul e Sudeste, além de Brasília.
O novo estoque de escritórios do Rio se deveu unicamente ao Leblon Green, edifício localizado no bairro da Zona Sul que, aliás, foi vendido pela São Carlos – de Jorge Paulo Lemann e seus sócios – por R$ 91 milhões em março do ano passado.
No mercado de galpões logísticos, o Rio ficou entre as únicas quatro regiões com vacância acima de 15% (ao lado de Alagoas, Pará e Bahia). Enquanto isso, segundo o levantamento da Binswanger, Goiás, Ceará, Paraíba e Santa Catarina apresentaram vacância zero.
No mercado brasileiro como um todo, a vacância nos galpões subiu de 10,1% para 10,9% — taxa ainda excepcionalmente baixa, segundo especialistas.
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Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/capital/post/2024/01/sao-paulo-ganhou-quatro-vezes-mais-escritorios-que-o-rio-em-2023.ghtml